domingo, 22 de novembro de 2009

canto final


O nome “CantoFlorVivência” para este blog não foi escolhido por acaso, ou por falta de opção. O blog nasceu a partir deste nome. Para mim “CantoFlorVivência” é uma palavra de recomeço, renovação, “re-criação”. Ler o poema “Tempo”, de Orides Fontela, é como me dar uma injeção de vida, de otimismo, daquelas que fazem a gente olhar pra frente, respirar fundo e dar mais um passo. Há praticamente um ano, foi essa palavra que me deu coragem. Foi o texto “Tempo”, escrito por uma mulher que morreu sozinha e esquecida, que me mostrou que cada dia é importante, que nada acontece por acaso, que estamos rodeados de eventos nos quais podemos aprender muito, e que os sonhos que temos são pra ser vividos e não deixados de lado por pura comodidade ou conformismo.

“CantoFlorVivência” é minha palavra de renascimento, redescoberta. E bom... muita coisa pode acontecer na vida da gente, quando estamos abertos à elas.

Eu deixei de escrever no “Canto” por um longo tempo. Estava repetitiva demais... deprê demais! Eu não tinha tempo, eu não estava feliz no meu trabalho, eu odiava o transito (ups.. eu ainda odeio), eu estava desgostosa com o rumo da minha vida. Enfim... nada estava do jeito que eu tinha planejado ou imaginado. No entanto, me comprometi numa mudança radical... queria um 2009 diferente, desafiador. Queria neste ano, colocar minha vida de volta nos trilhos (rsrsrs... porque ela tinha literalmente descarrilado). Se pra caminhar vários quilômetros só é preciso o primeiro passo.. então foi essa a minha idéia, a minha proposta de ano novo.

Penso que quando nos propomos a encarar a vida de outra forma, o primeiro passo a ser dado diz respeito a nosso interior... precisamos parar para nos entender um pouco. No meu caso, eu precisava entender que não dependo só de mim. Precisava aprender a olhar minha vida num plano conjunto e admitir de uma vez por todas que queria DAR UM TEMPO!

E por mais triste que seja admitir isso, foi graças à situação de desrespeito no escritório que trabalhava que consegui me desvencilhar da vida que tinha e parei para me entender. Trabalhei de graça. Arrisquei minha vida, minha saúde. Negligenciei minha casa, minha família, as pessoas queridas.. meus amigos. Negligenciei meu coração, minha vaidade. Ufaaaa... quanta coisa.

Ahhhh... e então.. um belo dia de fevereiro, quando aproveitava meus últimos dias de férias – forçadas – (porque eu não ia trabalhar de graça), numa conversa informal com essa pessoa maravilhosa .. A VIDA MUDOU!!! – RADICALMENTE.

Mente aberta, coração tranqüilo, passo firme, cabeça erguida.. Objetivos!
Não é por nada não.. mas eu queria isso. Eu busquei isso. Eu sonhei com isso. Eu escrevi sobre isso. Eu sabia. Eu sabia que 2009 seria diferente. Seria novo. Seria cheio de desafios. E aqui estou... num país diferente, com um anel no meu dedo e com o amor da minha vida.

Parei um pouco. Parei com a vida louca que levava. Com o ritmo de trabalho sem noção, com telefone tocando de madrugada, enfiada em ferrovia, no meio de vagões cheios de combustível tombados... sem tempo pra me cuidar, sem tempo pra dar atenção ao que realmente importa. Não.. Não e Não. Eu falei Não. Sou mulher. Sou mulher e não é assim que devemos ser tratadas. Sou mulher e quero ser mulher plenamente. Quero ser respeitada. Quero que entendam que mulher é anatomicamente diferente de homem.. incluindo necessidades fisiológicas, força muscular e responsabilidades domésticas. Sem esse papo de igualdade. Nós não somos iguais. Não nos tratamos de forma igual. Então chega. Mesmo sonhando com isso, a sociedade ainda esta anos luz de entender a diferença. Mas... admito... tenho que agradecer a irresponsabilidade de uma mulher!!! Graças a ela estou aqui!!! (mesmo que ela ainda me deva uns trocados).

Aceitar parar um pouco não mata ninguém. É bom. Melhor ainda ter alguém que atravessa o oceano por você, que traz flores, que abre a porta do carro, que faz o café da manhã e cobre a cama com rosas e ajoelha na sua frente pra te pedir em casamento... SIM SIM SIM...

Eu agradeço a vida por ter me colocado em tantas situações diferentes. Não me arrependo de nada, nem de ninguém. Eu cresci, eu amadureci.. eu me preparei pra hoje. Porque – para aqueles que me acham louca – não, essa não é uma história qualquer.. ela tem passado. Ou melhor.. ela tem 14 anos de idade.

E não bastassem as coincidências da vida.. tudo começou mudar em 26 de novembro de 2008 (Um dia que eu queria esquecer, apagar.. mas que hoje eu quero lembrar sempre, como meu limite....) e esse ano, 26 de novembro de 2009, é ação de graças!!!
Eu me recuso a seguir o fluxo. Sou eu que escrevo a minha história. Sou eu que comando meus passos, que guio minha vida. Por isso eu erro, por isso eu caio. É por isso que eu levanto, sacudo a poeira e sigo em frente. E por isso me reinvento, me admito. Por tudo isso eu acredito!

“Mas eis que a palavra
cantoflorvivência
re-nascendo perpétua
obriga o fluxo
cavalga o fluxo
num milagre de vida!”

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

nove meses

Gabriel - 31 de julho de 2009

Pequenino.. xarazinho.. bem vindo!
Não tinha como ser diferente.
Você chegando e eu indo.
Tem haver com nosso nome, tem haver com nosso destino.
Você foi a surpresa mais linda, no momento mais certo,
Já lá, um grande menino!
Meu amor, obrigada.
Teu chorinho, o olhinho...
Quanta vida num ser tão pequeninho.
Só pra te lembrar.. vou ficar longe,
meu coração é seu, de um jeito que nem eu sabia.
Sou tua tia..e serei sempre.

sábado, 9 de maio de 2009

sobre o tempo, o crescimento e o juízo


Tempo. Sábio tempo pra quem sabe te esperar.
Precioso, pra quem no seu tempo consegue te entender e te desvendar.
Porque não há dia, que não seja seguido da noite e nem inverno que não seja seguido pelas flores da primavera. Porque cada lua tem sua fase. Porque a terra é redonda e gira em torno do sol e há cada 365 dias se renova. Porque quem é mulher sabe que a vida é feita de ciclos e paixão. Porque ninguém se levanta sem antes ter caído. Porque para se chegar a algum lugar é preciso antes dar um passo. Para crescer o que faltava, foi preciso ouvir a voz da razão. E quando a razão fala, o coração cala!

Certa vez José me disse: “... juízo de criança morreu louco”. E, ainda assim, prefiro a loucura dos desafios, à mesmice de nunca arriscar. Vida nova, passos novos, caminhos novos, coragem! Coragem de olhar pra trás com carinho e pra frente com expectativas e calafrios. Esse Canto está saindo de férias. Na verdade, está em processo de transformação (novamente, eu sei eu sei). Porque nada é permanente. Porque ano passado eu era morena e agora tô ficando loira. Porque me proponho a não seguir o fluxo..... “eis que a palavra cantoflorvivência, re-nascendo perpétua, obriga o fluxo, cavalga o fluxo, num milagre de vida”.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

tal como uma Phoenix


Nesse mês que passou percebi que quando me bate certo “bode” ao invés de interagir mais, buscando esquecer o que me parecem problemas cercada de amigos, eu me isolo. Fico introspectiva. Quero tentar entender a situação e tirar dela as lições que preciso. Enfim... dou uma de Phoenix, fechada no meu próprio ninho para renascer em seguida. De certa forma, esse renascimento tem demorado. Li outro dia sobre a tal “Crise dos 30”, a reportagem (grosso modo) dizia que as pessoas na faixa dos 30/30 e poucos vivem hoje uma espécie de crise existencial, que antes pertencia aos 20/20 e poucos. É como se nosso relógio biológico começasse a fazer tic-tacs mais altos nesta idade, chamando atenção para a passagem do tempo e para tudo aquilo que a gente colocou como meta na vida e ainda está longe de conseguir. Recentemente eu fiz 31. E, admito, fui pega por essa tal crise. Crise, aliás, é a palavra do momento (vamô combiná né gente!!!). Pra mim, é a grande sacada global: CRISE. Essa “mardita” virou desculpa pra tudo, absolutamente... Bom, mas não é sobre a Crise financeira que eu quero falar, embora ela esteja diretamente ligada aos últimos acontecimentos da minha vida. Mas se tem algo positivo na Crise me arrisco dizer que é a forma como ela aguça nossa criatividade. Em 2007, resolvi que era hora de mudar de vida. Por inteiro. Deixei um emprego estável, deixei minha casa, minha cidade, alguns amigos muito queridos e me arrisquei numa vida nova, na cidade gigante, em outra casa, perto de outros amigos queridos. Vivi um verdadeiro inferno no meu primeiro emprego pelas bandas paulistas, mas aprendi a ser mais forte nele e tirei lições incríveis sobre relacionamento humano e sobre os bastidores daquilo que conhecemos por “poder”. Depois fui trabalhar em algo bem mais minha cara, com correria, clientes diferentes. Nesse meio tempo, na vida pessoal, descobri que nem todos os amores que encontramos são verdadeiros e sabem respeitar diferenças e espaços. Questionei minha condição de mulher, companheira, parceira. E entendi que respeito e admiração são base para todo e qualquer relacionamento e, neste caso, que planos conjuntos, objetivos similares e valores parecidos só fortalecem. Bom... nada disso foi meu caso. Ao mesmo tempo que ruía minha vida amorosa, o emprego bacana também começou mostrar seu lado negro. E, em questão de poucos meses, mais uma vez, a CRISE apareceu na minha vida. Desta vez, ela veio com atraso de pagamento e com uma “dispensa” na fim da estrada. Que pena! Tanto pra crescer e tão pouco para fazer. E, como se fosse um ciclo, daqueles que se fecham para recomeçar, ao mesmo tempo que a carreira descia vertiginosamente num ângulo de 90°, a vida amorosa começava resgatar uma história velha, muito velha. A segunda história.
Errada estava eu quando pensei que certos ciclos passam rápido. Não, não passam. Ainda vivo um turbilhão de emoções que começaram lá atrás, quando decidi que era hora de mudar. Demorou pra me assumir adulta. Dona da minha casa, do meu nariz. Dona do meu coração. Ainda tenho certa dificuldade com isso.. nada que o tempo não esteja me ensinando. Aliás, o Tempo é esse grande aliado que me acorda todas as manhãs e me diz que tudo vai dar certo. Mais que nunca, me fechei no ninho porque quero entender os últimos 16 meses. Sei que tenho lições pra assimilar. Sei que tenho que me entender. Sei que tenho que bater o pé no chão e parar de me contentar com qualquer coisa. Eu sei o que quero. Eu não sou uma pessoa qualquer. Assim como não são qualquer um todos que são parte dessa minha história. Minhas mudanças não terminaram e não terminarão momento algum da minha vida. Mas essa fase está no fim. O primeiro passo – falar sobre ela – está dado. Entendam o porquê do meu sumiço nesse Canto!!! Estou voltando mais leve, renascida.... (rsrsrs)... Phoenix!

domingo, 1 de março de 2009

uma lição

Ahh... tem coisa que o tempo não apaga. Uma lembrança, um detalhe. Coisas que com o tempo a gente guarda e não quer lembrar e, de repente, elas voltam, de forma inesperada, doce e verdadeira. Espero do meu amor mais atenção, mais cuidado e todo carinho. Espero do meu amor respeito, dedicação. Quero ser, do meu amor, única, importante, fundamental. Quero ser inspiração. Quero ser a vontade de acordar e de dormir. A vontade de ir e voltar, sempre. Espero do meu amor, nada mais que amor.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

inovação


Se o lema do ano é inovar, então vou chutar o pau da barraca. Eu estou muito, mas muito cansada mesmo. Estou de saco cheio. Estou farta. Estou me sentindo idiota por aqui. Fui enganada e explorada profissionalmente. Isso não se faz! Massss.. o vento volta a soprar. Novidades à caminho. Vida nova, completamente nova!!!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

lá vem a chuva


Sei, sei.. é bem verdade que pensamento negativo atrai coisas negativas. Por isso, vou tentar não lembrar que escrevi o post abaixo, mas não vou apagá-lo. Acho que é bom lembrar, por meio daquelas palavras, que a semana passada existiu.E sim, eu assumo que se pudesse, teria apagado a semana passada inteira do meu calendário. Tanto trabalho, tanta coisa saindo errada. Não veio o salário, não vieram boas notícias... mas veio uma chuva que lavou minha alma e me apontou algumas coisas que estavam sujas de poeira. Por mais chateada e perdida, acho que tudo aconteceu por alguma razão (que eu ainda não decifrei). A chuva lavou o bairro, alagou ruas, casas e nisso tudo até meu carro virou uma piscina. Na hora uma tristeza, sensação de incapacidade total diante das forças da natureza e do destino. Depois vi que sou humana, que não era a única e que da minha chateação aprendia a desvalorizar meus bens materiais. Não vou levar os fatos de qualquer jeito. Não vou ignorá-los. De uma vez por todas vou ficar um tempo em silêncio para ouvir minha própria voz, entender meu coração, levar adiante minha razão. Mesmo com todas as mudanças a maior delas ainda não aconteceu. Ainda me sinto um pouco adolescente, mesmo com todas as responsabilidades de mulher adulta. A chuva lavou minha alma e me trouxe alguma mensagem.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

inferno astral

O final de semana nem bem acabou e o celular já tocava com demandas. Falta de pauta é foda e as pessoas tiram notícia sensacional transformando o culpado em vítima inocente. Depois, enquanto ainda tomava banho para começar a semana, podia ouvir o celular esguelando do quarto. Repetidas e ininterruptas vezes. Nem terminei de me arrumar e chega a mensagem pedindo um contato para falar sobre a taxa sindical. Não sabia, mas lá vinha mais uma conta fora da programação. Chorei pela manhã. E quero sumir agora a tarde. Queria voltar ao meu estado fetal, ficar imóvel, inacessível para todas as pessoas por um período do tempo. Quero que esqueçam meu número, meu nome, esqueçam minha existência. Estou precisando de paz. Final de tarde. Toca o telefone. É a antiga proprietária, reclamando um apartamento que já deixei há dois meses. Sem noção. Fico perdida com isso. Nâo quero mais nada daquela vida, nem as poucas memórias que ainda me atormentam a cabeça e fazem dias como o de hoje parecerem mais intermináveis ainda. Radicalizar. Como as fotos não são mais de papel vou juntar tudo e simplesmente deletar. Ouvi num filme outro dia que classe média não tem o benefício de ficar triste e viver de brisa; que pena. E eu que nem média sou, não posso nem me revoltar e curtir uma tristezinha passageira.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

uma rima

As vezes, me irrita a solidão.
Me irrita a televisão.
Me irrita falar com o chão.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

coerência

Desde a semana passada quero postar alguma coisa sobre o Obama. Eu já tinha decidido, há algum tempo, não falar mais nada que envolvesse política. Mas, teimosa que sou, não resisti. Até porque, o Obama virou um misto de político com popstar. Ele é o cara do momento! Aclamado. Adorado. Vencedor. Bateu todas as possibilidades negativas, não abaixou sua cabeça para qualquer crítica e manteve seu discurso coerente. Portanto, o que eu quero falar do Obama é: até quando? Sim... tenho medo desse negócio de poder. Porque poder sobe na cabeça das pessoas. Uma vez lá, com o poder na mão, elas parecem descobrir um outro ser dentro delas. Deixam de fazer sentido. Precisam ser cordiais. Fazer acordos. Fechar os olhos para determinados assuntos e abrir para outros... enfim, essas coisas de poder. Confesso que o primeiro ato mundialmente comentado do novo presidente estadunidense (adoro essa expressão super Caros Amigos), o decreto que fechará a prisão de Guantanamo, me alegrou. Mas e os próximos... o cara ainda tem alguns aninhos de presidente pela frente e (se não falhar a tradição), uma reeleição. O mundo está em crise. A crise afeta a todos. E a esperança que esse cara renovou nos EUA contagiou outras milhares de pessoas, em outras centenas de países. Daqui eu espero apenas mais coerência. Porque cansei de viver numa sociedade corporativa onde o discurso está à milhas de distância do que se quer na prática. Queria mesmo que o Obama focasse um pouco mais no seu próprio país e que nós, todos nós que não somos dos EUA, tirassemos isso como exemplo e nos concentrássemos em viver nosso próprio país e nossa própria cultura. Não quero ser radical, mas já cansei de perceber o "faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço". É triste, deprimente. Somos um povo criativo e ousado, mas estamos deixando nosso "jeitinho" de lado para dar lugar à in puts e out puts , sempre pensando em nossos "targets", e em atingir o maior número de "goals" possíveis. Daí, deprimimos, separamos.. não dá pra viver a vida assim. Porque isso não é vida, é escravidão fantasiada de employee do mundo coporativo. Contrariando expectativas, eu quero sim que o Obama seja um ótimo presidente, mas que seja presidente do país dele e não do mundo. E nós, no coletivo, precisamos bater o pé e clamar por nossa identidade (e, por favor, entenda que eu não sou contra a globalização).

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

(minha) definição


CASA.:
é um lugar gostoso onde passamos menos tempo do que gostaríamos.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

unha azul


Engraçado perceber, num dia qualquer, que você está apaixonada por você mesma. Porque, de certa forma, a gente acredita que só se apaixona por um outro ser (geralmente do sexo oposto. O que não significa ser isso uma regra e também, entendam, a paixão aqui tem um sentido mais amplo e não apenas aquele de amorzinho). Daí você acorda feliz da vida e morrendo de vontade de fazer aquele baita café da manhã só pra você.. é...assim descobre estar apaixonada por você mesma. E assim, como toda paixão, bate aquela vontade de ficar junto com a pessoa o tempo inteiro; de se conhecer melhor; de entender porque você gosta de misturar leite gelado com café quente e de onde veio essa fixação por creminhos e produtos de beleza afins... Pode parecer até besteira, mas quando a gente se apaixona por nós mesmas a palavra solidão simplesmente some do vocabulário. Claro que existem coisas que fazer sozinha não tem graça nenhuma, mas vamos simplesmente pular essa parte ... Me lembro quando comprei meu primeiro carro - Otto. Era um Fiesta branco, com um estofado todo lindo, cheio de quadradinhos coloridos. Eu já tinha o rádio dele antes mesmo de ter o carro. Foi um dos dias mais poderosos da minha vida (chegar na concessionária e falar - "eu quero aquele", é legal). Sério. Tinha juntado um dinheiro pra dar de entrada no carro, e demorou pra conseguir a verba, ainda que me restassem 36 outras prestações... O Otto foi meu por 5 anos. Adorava ele. Nunca deu um probleminha, nunca me deixou na mão, nunca foi covarde nas ultrapassagens.. eu fui apaixonada por um carro (coisa material)! Essa paixão foi bem ilustrada por uma das brilhantes tiradas da minha Vó Bilete. Um dia, eu estava na garagem limpando o carro por dentro e programando o som e minha mãe perguntou a ela se sabia onde eu estava. Bilete, toda serena, disse apontando para a porta: "Ela tá ali ó...namorando o carro". O fato é que no final de semana que passou descobri mais um pouco do que havia perdido. Me apaixonei por mim. Ouvi forró, recebi uma amiga em casa, fui passear na Liberdade e, como gente apaixonada também gosta de comprar presente, me dei um tubo de spray secante para as unhas e um vidrinho de esmalte azul.... LINDO!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

sem título

... é quando a gente menos espera que se depara com uma surpresa dessas: um breve momento de inspiração, que surge na melancolia de noites vazias. Sei bem como dói o coração, mas não nego mais a voz da minha razão!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

qualquer semelhança ... é mera coincidência


Vou abrir uma excessão e colocar no meu "canto" um texto que vem de outros "cantos". O texto é da autora favorita da Pri e chegou até mim pela Alice, a mesma que inspirou o post abaixo. De qualquer forma, gostei e vou reproduzi-lo por encontrar nele muito de mim, uma confissão secreta!

"Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade. Pinto a realidade com alguns sonhos, e transformo alguns sonhos em cenas reais. Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima. Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz. Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto mais. Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo. Nem eu sou o que penso que eu sou. Nem nós o que a gente pensa que tem. Prefiro as noites porque me nutrem na insônia, embora os dias me iluminem quando nasce o sol. Trabalho sem salário e não entendo de economizar. Nem de energia. Esbanjo-me até quando não devo e, vezes sem conta, devo mais do que ganho. Não acredito em duendes, bruxas, fadas ou feitiços. Não vou à missa. Nem faço simpatias. Mas, rezo pra algum anjo de plantão e mascaro minha fé no deus do otimismo. Quando é impossível, debocho. Quando é permitido, duvido. Não bebo porque só me aceito sóbria, fumo pra enganar a ansiedade e não aposto em jogo de cartas marcadas. Penso mais do que falo. E falo muito, nem sempre o que você quer saber. Eu sei. Gosto de cara lavada — exceto por um traço preto no olhar — pés descalços, nutro uma estranha paixão por camisetas velhas e sinto falta de uma tatuagem no lado esquerdo das costas. Mas há uma mulher em algum lugar em mim que usa caros perfumes, sedas importadas e brilho no olhar, quando se traveste em sedução. Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare, eu não tenho pudores mas, não raro, sofro de timidez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva. Impaciente onde você vê ousadia. Falta de coragem onde você pensa que é sensatez. Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. Estranhos desertos. E, ignorando todas as regras, todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana, se você me assalta, eu reajo". Martha Medeiros

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

pra se divertir

Então hoje, quando para muita gente é o segundo dia útil do ano (e para mim, já é o quinto), ouço a seguinte frase da sabia Alice: _ "Enquanto a gente não acha o certo, se diverte com os errados"!. Profundo isso não?!... E com o ano ainda no começo e com várias propostas pessoais de fazer algo diferente acontecer, ouvi com muito bom humor tal frase. Gostei. Confesso!