quarta-feira, 1 de abril de 2009

tal como uma Phoenix


Nesse mês que passou percebi que quando me bate certo “bode” ao invés de interagir mais, buscando esquecer o que me parecem problemas cercada de amigos, eu me isolo. Fico introspectiva. Quero tentar entender a situação e tirar dela as lições que preciso. Enfim... dou uma de Phoenix, fechada no meu próprio ninho para renascer em seguida. De certa forma, esse renascimento tem demorado. Li outro dia sobre a tal “Crise dos 30”, a reportagem (grosso modo) dizia que as pessoas na faixa dos 30/30 e poucos vivem hoje uma espécie de crise existencial, que antes pertencia aos 20/20 e poucos. É como se nosso relógio biológico começasse a fazer tic-tacs mais altos nesta idade, chamando atenção para a passagem do tempo e para tudo aquilo que a gente colocou como meta na vida e ainda está longe de conseguir. Recentemente eu fiz 31. E, admito, fui pega por essa tal crise. Crise, aliás, é a palavra do momento (vamô combiná né gente!!!). Pra mim, é a grande sacada global: CRISE. Essa “mardita” virou desculpa pra tudo, absolutamente... Bom, mas não é sobre a Crise financeira que eu quero falar, embora ela esteja diretamente ligada aos últimos acontecimentos da minha vida. Mas se tem algo positivo na Crise me arrisco dizer que é a forma como ela aguça nossa criatividade. Em 2007, resolvi que era hora de mudar de vida. Por inteiro. Deixei um emprego estável, deixei minha casa, minha cidade, alguns amigos muito queridos e me arrisquei numa vida nova, na cidade gigante, em outra casa, perto de outros amigos queridos. Vivi um verdadeiro inferno no meu primeiro emprego pelas bandas paulistas, mas aprendi a ser mais forte nele e tirei lições incríveis sobre relacionamento humano e sobre os bastidores daquilo que conhecemos por “poder”. Depois fui trabalhar em algo bem mais minha cara, com correria, clientes diferentes. Nesse meio tempo, na vida pessoal, descobri que nem todos os amores que encontramos são verdadeiros e sabem respeitar diferenças e espaços. Questionei minha condição de mulher, companheira, parceira. E entendi que respeito e admiração são base para todo e qualquer relacionamento e, neste caso, que planos conjuntos, objetivos similares e valores parecidos só fortalecem. Bom... nada disso foi meu caso. Ao mesmo tempo que ruía minha vida amorosa, o emprego bacana também começou mostrar seu lado negro. E, em questão de poucos meses, mais uma vez, a CRISE apareceu na minha vida. Desta vez, ela veio com atraso de pagamento e com uma “dispensa” na fim da estrada. Que pena! Tanto pra crescer e tão pouco para fazer. E, como se fosse um ciclo, daqueles que se fecham para recomeçar, ao mesmo tempo que a carreira descia vertiginosamente num ângulo de 90°, a vida amorosa começava resgatar uma história velha, muito velha. A segunda história.
Errada estava eu quando pensei que certos ciclos passam rápido. Não, não passam. Ainda vivo um turbilhão de emoções que começaram lá atrás, quando decidi que era hora de mudar. Demorou pra me assumir adulta. Dona da minha casa, do meu nariz. Dona do meu coração. Ainda tenho certa dificuldade com isso.. nada que o tempo não esteja me ensinando. Aliás, o Tempo é esse grande aliado que me acorda todas as manhãs e me diz que tudo vai dar certo. Mais que nunca, me fechei no ninho porque quero entender os últimos 16 meses. Sei que tenho lições pra assimilar. Sei que tenho que me entender. Sei que tenho que bater o pé no chão e parar de me contentar com qualquer coisa. Eu sei o que quero. Eu não sou uma pessoa qualquer. Assim como não são qualquer um todos que são parte dessa minha história. Minhas mudanças não terminaram e não terminarão momento algum da minha vida. Mas essa fase está no fim. O primeiro passo – falar sobre ela – está dado. Entendam o porquê do meu sumiço nesse Canto!!! Estou voltando mais leve, renascida.... (rsrsrs)... Phoenix!