segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

inferno astral

O final de semana nem bem acabou e o celular já tocava com demandas. Falta de pauta é foda e as pessoas tiram notícia sensacional transformando o culpado em vítima inocente. Depois, enquanto ainda tomava banho para começar a semana, podia ouvir o celular esguelando do quarto. Repetidas e ininterruptas vezes. Nem terminei de me arrumar e chega a mensagem pedindo um contato para falar sobre a taxa sindical. Não sabia, mas lá vinha mais uma conta fora da programação. Chorei pela manhã. E quero sumir agora a tarde. Queria voltar ao meu estado fetal, ficar imóvel, inacessível para todas as pessoas por um período do tempo. Quero que esqueçam meu número, meu nome, esqueçam minha existência. Estou precisando de paz. Final de tarde. Toca o telefone. É a antiga proprietária, reclamando um apartamento que já deixei há dois meses. Sem noção. Fico perdida com isso. Nâo quero mais nada daquela vida, nem as poucas memórias que ainda me atormentam a cabeça e fazem dias como o de hoje parecerem mais intermináveis ainda. Radicalizar. Como as fotos não são mais de papel vou juntar tudo e simplesmente deletar. Ouvi num filme outro dia que classe média não tem o benefício de ficar triste e viver de brisa; que pena. E eu que nem média sou, não posso nem me revoltar e curtir uma tristezinha passageira.

Um comentário:

Unknown disse...

M E D A !!!!!!!!!!!!!!!!!!
ia escrever, nem vou mais...hehehe.
bJo e saudade.