segunda-feira, 13 de outubro de 2008

visita pra Tum

Eu não esqueço o gosto de bolinho de chuva da minha vó; não esqueço o quanto gosto do colo da minha mãe; não esqueço o cheiro da chuva no quintal das jaboticabeiras; não esqueço como se anda de bicicleta; não esqueci a posição das teclas no teclado depois de fazer datilografia; não esqueço a espessura da barba do meu pai; não esqueço do cheiro do Fanger; não esqueço das risadas que dei com minhas amigas; não esqueço do primeiro dia de aula em Ribeirão; não esqueço o rosto da minha família americana; não esqueço a voz da vó Nézia cantando pelo corredor; não esqueço que adoro algodão doce; não esqueço os meus irmãos; não esqueço uma tarde na serra vendo o crepusculo de São João; não esqueço de parar para beber água quando passo em Águas da Prata; não esqueço do cheiro na Serra do Mar; não esqueço o caminho de casa.... Não esqueço das várias histórias, dos muitos momentos, da companhia e da cumplicidade da minha prima Tum (apelido carinhosos esse). Sou irmã mais velha e, na família do meu pai, também sou a neta, a sobrinha, a sobrinha-neta e a prima mais velha. Por isso, a Tum foi a pessoa que escolhi como minha irmã mais velha. Minha referência de tanta coisa. A gente se afastou nos últimos anos, acho que nos últimos 10 anos. Nada proposital, foi faculdade, vida em cidades diferentes, trabalho, casamentos... nossas vidas entraram num ritmo alucinado de gente grande e nós duas mau pudemos sentar para dar risada dos nossos momentos, para lembrar as histórias engraçadas e contar, uma pra outra, as novidades. Quando se é inserparável, dói perceber a falta que a pessoa faz. A Tum sempre me protegeu. Eu fui pra escola novinha porque queria ir com ela. A gente dividia o lanche e éramos as amigas inseparáveis. Sabe aquela amiga que você olha e já sabe o que passa na cabeça.. então era assim. Aliás, ainda é assim. Final de semana passou e eu passei na casa da Tum. DELÍCIA! Demos risada, bebemos, falamos sobre nossos trabalhos, sobre o que comemos, sobre levar a vida com outra pessoa, sobre nossos planos ... conversamos muitoooooo.. até a lingua fazer calo e nós duas exaustas encostarmos a cabeça no sofá já pedindo cama. Entender o valor de uma amizade é saber que mesmo longe nossas vidas se sintonizam; é entender que não é preciso estar colado pra gostar, respeitar e, o que é mais importante, querer bem!!!

Um comentário:

TCHU disse...

ARRASOU!!! JÁ ME TORNEI SUA FÃ...tbm não me esquuec desses detalhes tão importantes e que me trazem tanto prazer e alegria...espero que possamos levar um "papo grama" logo...rsrsrs beijocas