quarta-feira, 9 de maio de 2007

Silêncio na sala

Fale. Desabafe.
Grite se for preciso, mas não me olhe assim.
Com esse olhar rasgado e feroz.
Me toque. Conte o que deu errado. Pare e me escute.
Liberte-se de suas amarras, me dê alguma razão.
Diga que não aceita, mas compreende.
O tempo passa rápido demais quando não o apreciamos.
Abrace-me. Sem malícia. Só um abraço.
Segure firme a minha mão, olhe nos meus olhos e fale.
Fale como nunca falou antes.
Sem se preocupar com vírgulas, interrogações e exclamações.
Retire a máscara e fale.
Te gosto por você. Te cheiro.
Então fale, pois não há nada mais errado que o silêncio.

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