domingo, 24 de agosto de 2008

a dona da história

Me peguei pensando sobre a vida, especificamente sobre as escolhas que me trouxeram onde estou. Nada foi coincidencia ou, simplesmente, destino. Foram meus atos. Sou responsável por quem sou, onde estou e o que faço. Sou jornalista, porque quis. Vivo hoje em São Paulo, porque escolhi. Sei falar inglês, porque me arrisquei. Não sou casada, porque (até agora)optei. Tenho tatuagem, porque gosto. Sei o peso de cada escolha e decisão. Mas, porque não repensar a vida, resgatar as escolhas que mudaram o traçado do minha vida. Acho que sei quando e como cada uma dessas decisões ocorreram. Adolescente resolvi que queria viajar de intercâmbio, meus pais me apoiaram, deixei o 3° colegial para ficar seis meses num país estranho, com uma família diferente e voltei. Passei na única faculdade que não pensava estudar e fui viver em Ribeirão. Conheci muita gente bacana e algumas das pessoas mais importantes que tenho na minha vida nos quatro anos que vivi lá. Sim, tive oportunidade de mudar de faculdade, o que profissionalmente poderia ser melhor, mas quis ficar por lá, até porque gostava demais dessas pessoas. Acabou a faculdade, fui para Campinas. Depois resolvi voltar para minha terra natal. Cresci. Me dediquei ao que escolhi fazer. Sou assessora não por acaso, foi o primeiro emprego que apareceu depois da faculdade e como eu queria trabalhar topei de cara. Só fiz isso. E acho que faço bem. Conheci pessoas interessantes, tive amores intensos, decepções terríveis. Sofri e ri muito. Tudo fez parte. Sabia cada um dos meus passos. Sou dona da minha história e entendo as consequencias de tudo que escolho, das decisões que tomo. Hoje vivo em São Paulo, com um pouco de arrependimento e muita curiosidade. Tenho desafios imensos, idéias malucas e vontade de fazer tudo acontecer. Destino existe, para as coincidências da vida. Agora voltei estudar, para aprender e somar ao que já sei. Uma decisão importante faz meu coração doer hoje, mas ainda pode - de um jeito ou de outro - acalmá-lo amanhã. Definitivamente, nada acontece para quem senta e espera. Não vou ficar esperando.

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